Haja a santa paciência.
É tempo de eleições,
De tapinhas, de abraços,
De cochicho ao ouvido,
De beijinhos e amassos,
De almoços, de birita,
De surra no espinhaço,
De facadas, de intrigas,
De peixeiradas, balaço
De comprar voto na casa
De quem vende a consciência
De se prometer, sabendo
Que haverá inadimplência
De falar de emprego e renda
Sem medir a consequência
Haja saco, meus irmãos,
Haja a santa paciência.