OS PRESOS DE MOSSORÓ NÃO DEIXARAM NEM SINAL DE BOSTA

Os presos de Mossoró não deixaram nem sinal de bosta, diz o conterrâneo Aristides Carcereiro

Miguezim de Princesa

O conterrâneo Aristides,

Um homem brabo que só,

Que foi ajudar nas buscas

Dos presos de Mossoró,

Disse que na região

Só acham peba e mocó.

II

- Os dois que escapuliram

Já atravessaram a costa.

Eu olhei por todo canto,

Posso fazer uma aposta,

De certo ponto adiante

Não há mais rastro de bosta.

III

- O povo, com muito medo,

Se trancou em seu regato,

E faz as necessidades

Em penico e até em prato,

Nem o povo nem os presos

Cagaram dentro do mato.

IV

- Pois a minha conclusão,

Que assino nesta hora,

É que sem sinal de bosta,

Digo sem medo e demora,

Os fugitivos estão mortos

Ou então já foram embora.

V

- Mortos sei que não estão,

Não vi no céu aribu,

Não sinto fedor de nada

E nem catinga de cu,

Se brincar eles já estão

Depois de Pindobaçu.

Miguezim de Princesa
Enviado por Miguezim de Princesa em 15/03/2024
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