OS PRESOS DE MOSSORÓ NÃO DEIXARAM NEM SINAL DE BOSTA
Os presos de Mossoró não deixaram nem sinal de bosta, diz o conterrâneo Aristides Carcereiro
Miguezim de Princesa
O conterrâneo Aristides,
Um homem brabo que só,
Que foi ajudar nas buscas
Dos presos de Mossoró,
Disse que na região
Só acham peba e mocó.
II
- Os dois que escapuliram
Já atravessaram a costa.
Eu olhei por todo canto,
Posso fazer uma aposta,
De certo ponto adiante
Não há mais rastro de bosta.
III
- O povo, com muito medo,
Se trancou em seu regato,
E faz as necessidades
Em penico e até em prato,
Nem o povo nem os presos
Cagaram dentro do mato.
IV
- Pois a minha conclusão,
Que assino nesta hora,
É que sem sinal de bosta,
Digo sem medo e demora,
Os fugitivos estão mortos
Ou então já foram embora.
V
- Mortos sei que não estão,
Não vi no céu aribu,
Não sinto fedor de nada
E nem catinga de cu,
Se brincar eles já estão
Depois de Pindobaçu.