LIVRA-NOS LIVRO, DO MAL AMÉM.

Um livro, seja fresco ou livreado,

É antídoto para mal diversificado.

Livra-nos do mal e do ignorado.

Deixa-nos livre e bem opinado,

Para não cairmos no falaciado.

O livro nos livra do não pensar,

Terrível morbidez de nos alienar.

Caindo em contos de sabidos contar.

Nos tornando séquito cego,

Num mundo diversamente polar.

O livro nos livra de ser tapeado.

O livro nos livra de aguentar calado,

Mentiras diversas com mel adoçado.

O livro nos livra do mal intencionado,

Do homem que engana e aparenta ovelhado.

Pelo livro posso ser um viajado.

Já fui a Paris e também Leningrado.

Tomei chá com Jane Austem,

E café com nosso Machado.

Na minha cidade, sem tê-la deixado.

O livro nos livra da ansiedade,

Nos livra da falta de sono.

Diminui muito nosso tédio,

Faz bem para nosso humor,

Para o cérebro, é um santo remédio.

Quem tem um livrinho amigo,

Garanto sem medo de errar.

Deixa a neurologia bem afiada.

Ideias sempre tem fervilhando,

Criatividade não há de faltar.

O livro nos livra da solidão.

Num cotidiano comum agitado,

Personagens interagem sem rédea,

Em festas, aventuras, romances,

Novelas, sonetos e comédias.

O livro nos livra de nós mesmos,

Quando a angustia aperta o peito,

Quando os problemas nos tiram o ar,

Certamente personagens vamos achar,

Vida e mensagens a nos aconselhar.

Ah!!! o livro... ,

Sua existência livresca,

Sempre a nos livrar.

Nos livra de não amar,

Nos livra de não viajar,

Nos livra de não bailar,

De tanta coisa ignorar,

Mas de uma coisa não quero que livre,

De livre, dele ficar.

Gleisson Melo
Enviado por Gleisson Melo em 13/03/2024
Reeditado em 11/07/2024
Código do texto: T8018986
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