Nostradamus, não!

Tinha dezenove anos

Quando inventei de casar

Já tinha meu empreguinho,

E a noiva para amar

Mas não tinha ainda a casa

Onde iríamos morar

Meu sogro nos socorreu

E até hoje sou-lhe grato

Dando à filha a morada

Para habitar com "o gato"

E aguardar três netinhos

De hiato em hiato

Na rua da dita casa

Só havia gente boa

Eram pobres, pobrezinhos

Mas ninguém vivia à toa

A vida ali vivida

Dá pra dizer que era boa

E então, passados dois anos,

Veio o que se esperava

O primeiro dos rebentos

À luz se apresentava

Mas o seu nome não era

O que à torcida agradava

No que chamam chá de fraldas

Aos gritos de "esse não"

A mulherada zoava

Contra o nome em questão

Até que um certo dia

Falei numa reunião

"O NOME DO MEU MENINO

NÃO É NOSTRADAMUS, NÃO".

PGMorais
Enviado por PGMorais em 19/02/2024
Reeditado em 19/02/2024
Código do texto: T8002433
Classificação de conteúdo: seguro