ZEFERINO

Era um bode atrevido

Com a cara de valente

E seu cheiro de caatinga

Até o boi saia da frente

Com seu par de chifres

Se acha inteligente.

Até o patrão enfrentava

Não aceitava imposição

No curral não entrava

Era a sua opção

Dizia que aceitar ordem

Era pura exploração.

Preferia viver sozinho

Ser sempre respeitado

Dele já desistiram

Tinha porte cobiçado

Mas com sua valentia

Só ficava isolado.

Autoria Irá Rodrigues.