NÃO DÊ MOLE PARA O MOSQUITO

Não dê mole para o mosquito

Miguezim de Princesa

I

Saí por aí andando

E achei muito esquisito

Que o próprio ser humano,

Desobedecendo o rito,

Descuidando com as coisas,

Monta cama pro mosquito.

II

O Aedes Aegypti,

Quando vê água parada,

Senta ali e bota os ovos,

Pra nascer a filharada,

Que sai atrás dos humanos

E matando na picada.

III

Dá febre, dor de cabeça,

Dor nos braços, dor no pé,

Dor nas costas, dor no rego,

Dor em Maria e José,

Dor no pobre, dor no rico,

Homem, menino e mulher.

IV

Cubra logo a caixa d´água,

Seque o vaso da plantinha

E também da planta grande,

Tampe o pote e a quartinha,

Senão o mosquito vem

E faz uma farra à tardinha.

V

Também faz de manhãzinha,

Sua primeira refeição,

Ataca em casa e na rua,

No alpendre e no oitão,

É um mosquito malvado

Que pica sem compaixão.

VI

Ele se esconde em pneu

Que as pessoas jogam no lixo

Ou abandonam na rua,

Junta água e vem o bicho

E dali vai buscar sangue,

Penicando com capricho.

VII

Mais uma vez escute o verso

E preste muita atenção:

Nunca deixe água parada,

Não jogue lixo no chão,

Cubra com plástico a piscina,

A caixa d´água, o latão,

Não dê mole pro mosquito,

Que é perigoso e ladrão.

Miguezim de Princesa
Enviado por Miguezim de Princesa em 15/01/2024
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