Entre JAMPA e SAMPA

 

Singela homenagem aos meus patrícios Pessoenses e Paulistanos

 

 

Mi cuntaru du calô

Qui faiz na tar Jão Pessoa

Perto à linha du Equadô

Fiquei memo besta à toa

Já morei uns tempo em Sampa

Só qui nunca fui pra Jampa

Meu jegue pra lá num voa. 

 

Sampa é terra da garoa

Uns dia friu outros quente

Tem pastel, garapa e broa

Óia lá tem muinta gente

Muinta arte e muincho artista

Jampa tem bãos cordelista

I u calô bate di frente.

 

Há quem muincho si apoquente

Co’ clima da grande Sampa

Num mi fique ocê doente

Tem veiz que a gente se espanta

Sor i chuva i noite fria

Quatro estação num só dia

Repia quarqé estampa. 

 

Já a coisa lá por Jampa

Parece sê diferente

Num importa onde si incampa

Calô tá sempre presente

Du anu novu ao Carnavar

Tudo u dia até u Natar

Porisso qui ixclamo: “oxente!”

 

Num sabia Jampa é quente

Desse jeito num sinhô

Nem co’ mar e água corrente

Nem cum refrigeradô

Quem tivé mei di repente

Carência di qui si esquente

Vai procurá um dotô.

 

 



Muito agradecido ao confrade Zé Roberto pela generosa interação:

 

Gimenes, grande poeta

'Estoura' sem atropelo

Tanto aqui como acolá

Faz poesia com zelo

Seja Jampa ou seja Sampa

Seja no sol ou no gelo!



Deveras agradecido pelo confrade e dual-cidadão Stelo Queiroga pela gentil interjeição:


Ah, meu amigo Gimenes,

conheço bem lá e cá

e te garanto que aqui

é muito melhor que lá.

 

Diria que lá é bom,

mas ao mesmo tempo ruim.
Já aqui digo que é ruim,

mas não tem jeito, é bomziiiiiiiin!



Mui grato ao dileto poeta e amigo Alkas pela carinhosa interação:

 

George, cidadão do mundo,

pelo saber profundo

dispôs na perfeição,

Jampa e Sampa presentes,

tão iguais e tão diferentes

belo cordel de harmonia

palavras de exaltação... 



Muito agradecido à querida poetisa Erilucena pela hospitaleira interação:

 

Oxênte poeta Gimenes!

Jampa é terra onde o sol nasce primeiro.

Tem verão e praia, de janeiro a janeiro,

Tem poetas cordelistas de primeira,

Essa história é coisa de fofoqueiro,

O seu calor vem do povo hospitaleiro.



Grato ao pessoense poeta ValRangel pela gentil intelocução:

 

Parabéns George, pelo seu cordel arretado

aqui em Jampa o sol é sem dó aumentado

mas nosso clima é gostoso

e não tem a correria de Sampa agitado


 

George Gimenes
Enviado por George Gimenes em 27/12/2023
Reeditado em 03/01/2024
Código do texto: T7962812
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.