Duelo na internet
Meu xarapim Adalberto
Te convido prum duelo
Você vem com o galope
E eu vou com o martelo
No martelo agalopado
Não se pode martelar
Mas versejar com um mote
Pro martelo galopar
Se te chamo pro galope
Tu vais ter que aceitar
Ou te enfio a espora
Até a barriga sangrar
O martelo agalopado
Pra mim não é nenhum fardo
Porque a lira do bardo
Ninguém precisa afinar
Você marcará o dia
E em qual dia será
Em que o martelo do bardo
Começa a galopar
Marque logo o duelo
Que será pela Internet
Como Limeira e Gilberto
Que puseste a duelar
Quero saber logo quem ganha
E qual é o mais esperto
Se Adalberto, o xará
Ou se o xará de Adalberto
Também sou das bandas de lá
Pois sou um bom nordestino
Desde os tempos de menino
Aprendi a embolar
“Embola pai, embola mãe,
Embola filha
Eu também sou família
Também quero embolar”
Agora com sua permissão
Também quero adalbertar
Com Limeira ou Silveira
Na peleja a gilbertar.
Nunca me vi tão de perto
Do Limeira e do Gilberto
Cantados pelo Silveira
Pelo Silveira Adalberto
Vi meu retrato estampado
Com tamanha maestria
Uma cópia tão perfeita
Só mesmo em poesia.
E tu me perguntas
Como queres galopar?
-Com a beleza da rima
Ou com prosa, sem rimar
“Trouxeste a chave”
Contempla as palavras de perto
Não consegui ser o Carlos
Mas sou o outro Adalberto
Porém um verso como o seu
Por mais que eu afine a lira
Vou demorar a produzir
Garanto, não é mentira!
Agora,se me permites cantar
Enquanto minha lira afina
Música do outro Adalberto
Que conheci na Usina
(Adalberto Antônio de Lima)
“Tanto tece o tecelão
Quanto a moça no tear
Na teia da Internet
Cada um vai se achar “
Se viver não é preciso
É preciso navegar.”
(Adalberto Silveira Passos)