CORDEL

 

 Mote: Não se mede uma riqueza/

                                     com a pobreza de um povo

 

 

Rimas em ABABCDCD

Oitavas de sete sílabas poéticas

                                             ​​​​​​​    

 

Quero agradecer a minha amiga Poetisa Paraibana Erivas por ter aceitado o meu convite, cuja ideia principal é de popularizar a arte de nossa Literatura de Cordel no Recanto das Letras.   

Abraços fraternos.

 

Zédio Alvarez

1-

Está difícil viver

Nesse universo cruel

Tem cotas para morrer

E ter direito ao céu

Maduro mostrou brabeza

Quer guerra no mundo todo

Não se mede uma riqueza

Com a pobreza de um povo

2-

Se não pagar pra viver

Morre sem entrar na fila

Só com o SUS vai morrer

Segue a sina segue a trilha

Preservando a natureza

Ficará livre do fogo

Não se mede uma riqueza

Com a pobreza de um povo

3-

Viver na desigualdade

É ter fome todo dia

Nulo na sociedade

Com a barriga vazia

Convive com a tristeza

É comprimido no rolo

Não se mede uma riqueza

Com a pobreza de um povo

4-

A dor da desnutrição

Só cura com a comida

Com apego no coração

Desaparece a ferida

Acaba toda tristeza

É a receita do bolo

Não se mede uma riqueza

Com a pobreza de um povo

5-

Vamos olhar pr’essa gente

É o proletariado!

Massa faminta carente

É quem segura um reinado

Ele derruba uma “alteza”

Um trono rui num choro

Não se mede uma riqueza

Com a pobreza de um povo

 

Erilucena

 

(1)

No mundo a desigualdade

Acelera com frequência,

É fruto de uma maldade

Por falta de consciência,

Até mesmo que ela seja

 Do tamanho de um ovo.

Não se mede uma riqueza

Com a pobreza de um povo

(2)

Gira mundo, mundo gira

Corre corre até a urna,

No alvo certo ele não mira

A pobreza está na cuca!

Não me causa estranheza

Inconsciência é estorvo,

Não se mede uma riqueza

Com a pobreza de um povo

(3)

Há pobreza na alta classe

Independente de estudo.

O dinheiro é um disfarce

As vezes serve de escudo.

Não mostra a tal vileza

Empecilho pr'o renovo.

Não se mede uma riqueza

Com a pobreza de um povo

 (4)

Há muita politicagem

Muito político safado.

Transforma o povo em seu pajem,

Cada dia mais usado.

Não percebem a safadeza

E votam neles de novo.

Não se mede uma riqueza  

Com a pobreza de um povo.

(5)

Como pode um país rico

Com a maioria pobre!

Isso é coisa pra jerico

Ou quem a tudo se dobre.

Vejo como uma ardileza

Ilusão pra quem é bobo.

Não se mede uma riqueza

Com a pobreza de um povo.

 

Imagem da Internet

 

 

Zédio Alvarez
Enviado por Zédio Alvarez em 15/12/2023
Reeditado em 31/12/2023
Código do texto: T7954386
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