Redes sociais
Até parece que a vida
Tá nas redes sociais
Razão que o cotidiano
Até fatos triviais
Estão lá a toda hora
Parecendo essenciais.
Será mesmo inofensivo
Fora delas não há vida?
Ou está tudo invertido
E lá só é exibida
Uma pequena parcela
A ser mostrada e curtida.
Mas será fato que a vida
Mostrada nesse suporte
Não passa de uma foto
Da existência um recorte
Daqueles bem escolhidos
Com alegria mais forte?
Aquela foto ou vídeo
Que se faz aparecer
É o momento escolhido
Só para transparecer
Muitas vezes é mostrada
Para si enaltecer.
Quando se olha as redes
Só se veem os momentos
Que fazem a realidade
Parecer constrangimentos
Dados aqueles expostos
Serem bastantes opulentos.
No entanto o que parece
O que se quer com as ações
É muita repercussão
Tantas visualizações
Pra massagear o ego
Sem quaisquer contestações.
Essa tendência da moda
Que nos prende ao celular
Olhando a todo instante
Postando pra estimular
Aguardando interações
Buscando ser popular.
Sendo o produto final
Será sempre o usuário
Que oferece seus dados
De modo voluptuário
Para alegria de outrem
De alto valor monetário.
Quando se olha as redes
Felicidade aparece
Gente jovem e bonita
Mostrando o que envaidece
Riquezas materiais
Aquela que apodrece.
Mas não se frustre amigo
Com aquela ostentação
São momentos recortados
Para ornamentação
Das páginas virtuais
Só retroalimentação.
Ainda não se esqueça
Que aqui é vida real
Lá um recorte pequeno
De fato é surreal
Tanto tempo dedicado
Aquela “vida” irreal.
Porém é fora das redes
É que a vida acontece
O que foi visto aqui
É certo que prevalece
Cuide de si e dos seus
É o que lhe favorece.