Conselho de uma cordelista
Cuide do verde da mata
Plante sempre que puder
Pois se a fome vier
Terás a comida nata
E o meio te acata
Das pragas da natureza
Pois quem age sem beleza
Contra a diversidade
Tem a mesma igualdade
Na ação e na proeza.
Na cultura popular
Bote mais seriedade
Invista com igualdade
Para a arte expressar
As angústias do lugar
Em crise e extinção
Da fauna, flora que são
Nossos seres ancestrais
Mantido antes dos pais
Em milenar extensão.
Com o simples vá vivendo
Sem precisar de grandeza
Pois de fato a beleza
É em paz ir convivendo
Com a vida e tecendo
As teias do bem viver
Para sempre conhecer
O que vamos aprendendo
E também compreendendo
Para na morte saber.
O cordel é uma arte
De papel, mas consciente
Do que brota-nos na mente
E no todo faz sua parte.
Não é arte que reparte
O Homem e Natureza
Mas que mostra com beleza
Frutos do ser cidadão
Partilhando emoção
De sermos da Natureza.