Cordel, alpargatas de Barro.
Roupa de couro no varal.
Quentura cabra-da-peste,
Carne seca, com farinha
Tira gosto do nordeste
Sol da catinga de sal
Virgem Santa dos moribundos,
Baixa da égua animal .
Canta e recanta cantador
Lembrando do seu amor,
Da viola faca de ponta lambedeira
cinta de couro cru ribando ladeira
Alpargatas de barro, calo no murundum.
Afogueando a mão onde mata mais um
Vagueando o pó de grão neste ingrato Sertão.
Sem dó e humilhando o meu pobre coração.
Nas cicatrizes das costas, picado por Muriçoca casa de barro e cupim.
Carrapato e maribondo
Não tem pena de mim.
Quem sabe nasce pé de mandioca
Nesta reza forte na folha de capim.
Nos versos a pena broca
Despedindo da proza
Para quem gosta de mim.
O mundo nunca termina na reza do rezador na subida do bom fim .
Na proteção do divino
Olhando com pena de mim.
Obs: A metalinguagem é uma característica.
De escritores e poetas onde a transformação da linguagem atravessa:
Os portais da imaginação para ser transportada para grandes dimensões.
"Da escrita sem fim, um exemplo.
Canção de Cordel"
"Esta frase não tem verbo, não é uma holófrase "