Meu Nordeste

O meu singelo Nordeste

Terra de ventre fecundo,

É pai de gente, lugares

Que se destacam no mundo.

Como gosto de falar

Do chão que sou oriundo.

As belezas e os encantos

A fauna, a flora e cultura,

A música, cada festa,

A comida com fartura,

Seu povo tão arretado,

Doce como a rapadura.

Os animais são diversos:

Jibóia, mocó, preá,

Tatu peba, asa branca

E o gato maracajá,

Lobo guará, o tejú

Cascavel e carcará.

Nossa flora catingueira,

Dança com o vento forte,

A vegetação sofrida

Todo dia vence a morte,

O belo mandacaru

Agradece pela sorte.

O que dizer dos artistas:

Como o Mestre Vitalino,

Ariano Suassuna,

O belo trio nordestino.

Nosso gigante Azulão

Que ouço desde menino.

José Soares da Silva

Grande xilogravurista.

O chamado: Mestre Dila.

Era também cordelista.

Esse cabra arretado

Tinha que entrar na lista.

O forró é nosso hino

Cantado por Gonzagão.

Um nordestino valente

O nosso rei do Baião.

Ele falou do Nordeste

Pra toda nossa nação.

As nossas comidas típicas:

Pamonha, cuscuz, buchada,

Mocotó, a dobradinha,

Tapioca e cocada,

Canjica, sarapatel

E carne de sol assada.

Quem nunca ouviu falar,

Na charque com macaxeira?

O queijo coalho com pão

Assado na frigideira,

Tanajura com farinha,

Quebra queixo na doceira.

Nesse torrão tão imenso

Também há muitos lugares,

Lindas ilhas, manguezais,

Grandes dunas, verdes mares,

Montes, vales e florestas,

Paraísos singulares.

No estado de Pernambuco:

Tem Fernando de Noronha,

Ilha de Itamaracá,

Lugar da brisa risonha,

Com certeza é o canto

Que todo estrangeiro sonha.

Há os Lençóis Maranhenses

Com areia bem branquinha

Lagoas verdes, azuis,

Pôr do sol de tardezinha.

É um desenho divino,

Faça uma visitinha.

Lá no Rio Grande do Norte

Na cidade de Natal,

As praias e suas dunas,

Banho sensacional,

As piscinas naturais,

Uma vista surreal.

A Serra da Capivara

No Piauí arretado

A bela Pedra furada

Um lugar bem visitado.

Há pinturas milenares

Com registros do passado.

O Farol do Cabo Branco

Visual exuberante.

Isso é João Pessoa

Terra de sol escaldante.

O calor é um abraço

Para cada visitante.

Maragogi Alagoas

É um lugar muito belo,

As piscinas que lá têm

Com um recife amarelo,

Lembra muito um jardim

Ao lado de um castelo.

Falei de pontos turísticos

Alguns estados daqui.

Também tem o interior

Onde sempre eu vivi

Belo com simplicidade

Com belezas que não vi.

Não vi em nem um lugar

Nosso sotaque arrastado,

O jeito tão nordestino

Como o povo do passado,

Que não nega as raízes

Nem o chão que foi plantado.

Na cidade ou no mato

Valores são diferentes,

Há beleza “inté” na chuva

Que refresca dias quentes,

No homem trabalhador

Plantando suas sementes.

Existem tantas belezas

Que não cabem no cordel,

Nosso patrimônio rico

Excede qualquer papel,

Descrever todos encantos

Precisa ser menestrel.

Finalizo meu cordel

A gratidão me reveste,

Falei com dedicação

Desse lugar inconteste,

Um abraço minha gente

Do meu amado Nordeste.

Poeta Cupirense
Enviado por Poeta Cupirense em 03/12/2023
Reeditado em 06/12/2023
Código do texto: T7946386
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