Máquina do tempo

Eu abri o meu armário,

Encontrei lá bem guardada.

Uma caixa de lembranças

Que estava empoeirada,

Então, lembrei do passado

Fiquei emocionado,

Pensando na m'inha jornada.

Imaginei se pudesse

Construir com perfeição,

Uma máquina do tempo

Que com muita precisão,

Conduzisse ao passado

Sem que nada desse errado

Nessa minha expedição.

Arrebatado eu fui

Pela imaginação

Pensando como seria

A reaproximação

De gente mais que querida

Amigas pra toda vida

Que aqui, não mais estão.

Pude até planejar

O que iria fazer,

Estava em um roteiro

Pra nem um tempo perder,

Pois iria aproveitar

Sem ter que me preocupar

Apenas iria viver...

Viver com intensidade

Aqueles lindos momentos,

Valorizar os segundos,

Sensações e sentimentos,

Sem ficar preocupado,

Distraído, apressado

Com coisas sem fundamentos.

Nessa viagem que fiz

Lá dentro da minha mente,

Pensando nesse regresso

De rever a minha gente,

Houve um grande incêndio

Que queimou todo compêndio,

Eu chorei intensamente.

Tudo tornou-se em cinzas

Não havia mais ninguém,

As pessoas, os lugares

Tudo estava no além

Quando o juízo voltou

A consciência falou

Para eu entender bem...

E com bastante clareza

Me disse que o presente.

Tem que ser aproveitado

E depois seguir em fente,

Pois tem gente bem perto

Com o coração aberto

Pra ter um pouco da gente.

Aprendi uma lição:

Que tudo tem seu lugar.

No passado por exemplo

Não é lugar pra morar.

Futuro não pode existir

Se você não construir

Nada vai adiantar.

Viva a vida com gosto,

Deixe as cinzas pra trás!

Aprenda, com que viveu,

Siga e viva em paz.

É normal sentir saudade,

Mas ouça essa verdade:

O tempo não volta mais!

Poeta Cupirense
Enviado por Poeta Cupirense em 29/11/2023
Código do texto: T7943165
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