Lendas e Relatos
Boa noite ao meu povo
Da minha terra natal
Vou falar para vocês
A situação real
Do projeto do folclore
Lá no ensino Rural
Pois lá na zona rural
Nas tardes de ventania
A gente fala de um povo
Contente com alegria
E das lendas que eles contam
Com muita sabedoria.
Lá na escola São João
Que fica no pé da serra
Tem gente que conta a lenda
Da história da favela
Do fogo do batatão
E o balanço da cancela.
Na Paulo José de Brito
Que fica em Nova conquista
A lenda é que lá na baixa
Um grande farol existe
O povo que passa lá
Fica sempre a relembrar
Da claridão que foi vista.
Na escola Bom Jesus
Tem lenda né brincadeira
Um homem chegou em casa
Que vinha em toda carreira
Com um barulho de um tambor
Que rolou na ribanceira.
O lugar é batizado
Como alto do tambor
Quem passa fora de hora
Só escuta o zuador
Rolando de alto abaixo
Aquele imenso tambor.
Agora lhes apresento
Com muita satisfação
A escola encravada
No nosso Rio do Feijão
A lídia Maria Cunha
Com muita dedicação.
A terra de Chico Abreu
De Mané peba e Quinô
De Zé Bolacha e Corina
De Licosa sim sinhô
De Geraldo Cassiano
E de jabe meu avô.
E a Maria Adelaide
Moça de andar faceiro
Foi dado o seu grande nome
Na escola de Aroeira
Foi lá onde começou
Minha brilhante carreira
Agora vou lhe contar
Como foi que começou
A minha primeira aula
E como ela terminou
Pois eu fui la substituir
Um amigo professor
Foi lá nos anos 90
Quando tudo começou
A prefeita era Neide
Me recordo com fervor
Foi quando Cila me disse
Me faça um grande favor.
Então eu lhe respondi
Eu estou ao seu dispor
Porém Auxiliadora
Ela não tutubiou
Foi logo dizendo assim
Foi Neide que lhe escalou
Então eu lhe perguntei
Pra que eu fui escalado?
Pra ensinar na Aroeira
Isso já foi acertado
Respondeu a professora
O que eu tinha perguntado.
Aí eu me arrumei
Para poder trabalhar
Coloquei o maior brinco
Salto fino pra andar
Maqueado até alma
E loira de encandear.
Auxiliadora então falou
Kátia você venha cá
João Constâncio estar de carro
É ele que vai te levar
Pra escola de Aroeira
Pra você lá ensinar.
E lá partiu eu João
No pingo do meio dia
Meu batom era vermelho
Com o calor derretia
Quando eu fui chegando lá
Veio aluno espiar aquilo que nunca via.
aí eu desci do carro
Com toda minha alegria
De pantalona vermelha
Lá foi grande a correria
De saltos finos dourado
Que de longe reluzia
Então foi grande a carreira
Daquele todo alunado
Ficando só na escola
Eu estava desesperado
Pensando comigo mesmo
A onde que eu tinha errado.
Amigos aqui presente
Foi preciso relatar
A parte da minha história
Que acabei de contar
Pra chegar até aqui
foi preciso rebolar.
Agora pra terminar
Preciso de convidar
Pois domingo dia 3
Vai ser grande o festivá
É o projeto Folclore
Que chega a zona rurá.
A escola Maria da Conceição
É lá em novo horizonte
Também chamado de córrego
Era seu nome de antes.
Se não puder estar lá
Me mande um representante.
Agora deixo um abraço
Um forte aperto de mão
Pra todos que aqui vieram
Pra celebrar o sertão
Deixo um xero bem xerado
No cantinho do coração.
Autor:Professor Kátia Valéria Bomjesus.
Pedro Avelino,RN 29 de agosto de 2017.