Zé do Sertão: A Lenda do Herói Destemido
No sertão nordestino, onde o sol brilha forte,
O vento canta alto e a poeira se retorce,
Vou contar uma história, em versos de cordel,
Sobre um valente herói que enfrentou o próprio céu.
Lá no meio do sertão, no chão de chão batido,
Vivia Zé do Sertão, um cabra destemido.
Com sua pele queimada e chapéu de couro,
Ele enfrentava a seca e o calor de chama-pouco.
Zé do Sertão montava seu cavalo alazão,
E cruzava o sertão em busca da salvação.
Com sua faca afiada e um olhar decidido,
Ele desafiava o mundo, sempre destemido.
A seca castigava, mas Zé não se curvava,
Com sua coragem e fé, a natureza desafiava.
Plantava sementes no chão ressequido,
E com lágrimas e suor, o solo era revivido.
Mas Zé não era apenas um herói da seca,
Também enfrentava bandidos, era valente e e seca.
Com seu punhal afiado, ele fazia justiça,
E os malfeitores viam nele a própria desgraça.
No coração do sertão, Zé do Sertão era lenda,
Sua coragem e bravura faziam inveja até à senda.
Com sua voz rouca e seu jeito enigmático,
Ele era o herói do sertão, um ser carismático.
Hoje, a lenda de Zé do Sertão ainda persiste,
Nas rimas deste cordel, sua história resiste.
Um cabra valente que enfrentou o sertão,
E se tornou um herói em versos de tradição.
Assim termina a história do herói destemido,
Zé do Sertão, um mito, sempre comedido.
Nas memórias do nordeste, sua lenda ecoa,
Um exemplo de coragem que o sertão entoa.