S A U D A D E
Não há tempo que passe
Detalhes de cumplicidade
Em tudo fica arraigada
Quem inventou isso
Sabia sim . . .
Como dói essa danada
Um fio de cabelo perdido
Na insônia da madrugada
Sempre tem um lugarzinho
Num cantinho escondido
Na brisa vem o cheiro
Sentimento trapaceiro
É coisa que não finda
Pode sacodir a poeira
Invade desmedida
Sem eira nem beira
Eita! Coisa doída
Não respeita despedida
Onde o amor foi semeado
Germinando do coração
Esse trem assim chamado
Colhe-se de grão em grão
Até lá na eternidade
Vive dos dois lados essa tal
S A U D A D E !