APALPE PRIMEIRO 

Era comum o Oliveira

Após tomar umas cachaças

Desabafar aos amigos

Que riam da sua desgraça

Sobre aquela loira atraente

Usando roupa transparente

Que desfilava na praça

 

Veja só a minha historia

Por quem eu me apaixonei

Conhecida por boazuda

A Castelhana que encontrei

E como todo apaixonado

Nunca vi nada de errado

Se tinha nunca notei 

 

A  Laura era avantajada

Não precisava de ajuda

Era trabalhada na beleza

Cintura fina e cochuda

Já tinha sido batizada

Pela turma da noitada

Como a laura boazuda

 

E quando a tal boazuda

Vinha descendo a ladeira

Todo mundo acompanhava

O requebrar das cadeiras

O povo todo a olhava

E por onde ela passava

Levantava até poeira

 

E como zebu guampudo

Oliveira era conhecido

E ninguém sentia  pena

Daquele homem traído

Enalteciam a criatura

Contavam das aventuras

Que com ela tinham tido

 

Mas um dia a conta chegou 

De maneira muito rude

No dia que a boazuda

Tomava forte atitude

Mudava ali seu destino

Mandou tirar o pepino

E as bolinhas de gude

 

Foi grande a debandada

Do bando de urubu

Os garanhões do pedaço

Se entocaram igual tatu

Todos queriam distância

Laura perdeu a relevância

E o caso virou tabu

 

A coisa virou polêmica

Depois que a castelhana

Acabou denunciando

Quem gostava de banana

O assunto virou zueira

Por isso que o Oliveira

Vive feliz na choupana

 

por isso muito cuidado

ao viver na ignorância

laura pode ser um lauro

mantenha certa distância

pra não cair em cilada

e pra não virar piada

apalpe a protuberância

 

E como camaleões

Garanhões mudaram a cor

Oliveira estava livre

para curtir sua flor

Pra ele é linda demais

Não importa se é rapas

Que vale mesmo é o amor

 

 

 

Pedrão Cordelista
Enviado por Pedrão Cordelista em 09/10/2023
Reeditado em 15/10/2023
Código do texto: T7904492
Classificação de conteúdo: seguro