MEU SOLDADA MINHA ÁRVORE OU MEU PÃO COM MORTADELA
O Exército de Caxias
Sempre esteve invicto
De suas obrigações convicto
Até virar melancia
Tudo da noite pro dia
Ao enfiar pela goela
Caindo na esparrela
Do povo perdeu seu escore
Meu soldado, minha árvore
Ou meu pão com mortadela
Nosso soldado tão brioso
Em um passado recente
Mas por lá tem muita gente
Que não nos deixa orgulhoso
Hoje tornou-se medroso
Para PT amarela
Entrega-nos na panela
Pra que PT nos devore
Meu soldado, minha árvore
Ou meu pão com mortadela
Com dinheiro de imposto
No dia da Independência
Soldado faz continência
Alguns mesmo a contragosto
Muita tristeza no rosto
Pra quem esteve na cela
Por ele feito cadela
Ou mesmo vaca nelore
Meu soldado, minha árvore
Ou meu pão com mortadela
A traição de generais
Com o povo brasileiro
No dia oito de janeiro
Ficará sempre nos anais
Mesmo omisso nos jornais
Na farda deles, nas lapelas
Ser escrito: mortadela
E nas suas pedras de mármore
Meu soldado, minha árvore
Ou meu pão com mortadela
HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO
FORTALEZA, SETEMBRO/2023