Bárbaro costume

Bárbaro costume

Veio com os portugueses

Com base religiosa

Malhar Judas assim diziam

Mas depois mudou a prosa,

Boi de corda eles chamavam

Brincadeira perigosa

Boi de laço também foi

E afirmaram ser cultura

O boi correndo assustado

Numa covardia pura

Muitos iam atrás dele

Num pega, solta e segura

Governador Celso Ramos

Terra boa e de valor

Mas também tem insensíveis

Que praticam o terror

Maltratando o pobre bicho

Na agonia e desamor

Crime brutal e tão triste

Mas alguns se desafiam

Fazem a farra do boi

Na insanidade confiam

Um costume primitivo,

É emoção uns diziam!

A cultura vem do belo

Aconchego e tradição

Torturar não é legal

Prefiro boi de mamão

Ali o boi é curado

E se torna diversão

Não assista, não aplauda

Esse bárbaro costume

Deixe o boizinho no pasto

Com a grama e vagalume

Machucá-lo não aceite

Com bondade se acostume

Temos tanto o que viver

Dança, som e diversão

Teatro, poema ou filme

Mil coisas temos na mão

Porque bater no bichinho

Isso é uma aberração

Pedimos ao povo amigo

Que para o bem sempre soi

Denuncie essa barbárie

A "caverna" já foi

Não aceite, lute contra

A triste farra do boi!

Salomé

Cadeira 01

Patrono: Rogaciano Leite

Salomé Pires
Enviado por Salomé Pires em 27/09/2023
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