O Cordel da Aventura no Sertão
No sertão nordestino, um lugar de bravura,
O sol que arde forte, queima a agricultura.
Mas nas veredas áridas, histórias vão brotar,
Venha comigo agora, amigo, e vou lhe contar.
No vilarejo modesto, na beira do riacho,
Vive um herói anônimo, chamado João Machado.
Homem valente e destemido do sertão,
Ele enfrenta a seca, luta com paixão.
Com chapéu de couro e gibão bordado,
João sai ao alvorecer, com seu cavalo alado.
Armado com sua faca, punhal afiado,
Ele desbrava o sertão, com destino traçado.
Nas noites de lua cheia, ele ouve a sanfona,
Um acordeon mágico, que canta sua zona.
Sob o céu estrelado, dança o xaxado,
Com seus passos firmes, nunca fica cansado.
Nas trilhas do sertão, ele enfrenta cangaceiros,
Bandidos cruéis, verdadeiros traiçoeiros.
Mas João é valente, não teme os malfeitores,
Com sua coragem, defende os moradores.
O amor de Maria, sua bela companheira,
É sua força motriz, sua bandeira.
Nas noites de luar, à beira da fogueira,
Eles sonham juntos, com a vida inteira.
No cordel do sertão, a aventura não tem fim,
João Machado é o herói, o guardião do rincão.
Com coragem e amor, ele segue por aí,
No vasto sertão, onde a vida é canção.
E assim termina a história, do sertão sem igual,
Com João Machado, o herói do cordel, afinal.
No Nordeste querido, onde o sol é vital,
A vida segue, como um eterno carnaval.