Eu sei que o limite entre a voz e o suspiro
Eu sei que o limite entre a voz e o suspiro
É o facho de vida que a gente coloca
E poeta é um ser que silêncios evoca
Que põe sua alma na linha do tiro.
Se canto, se choro, se afago ou se firo
Minha voz é o único que sei manejar
Não me resta nada que eu possa usar
Sou esse conflito de carne e osso
E a fruta do verso eu devoro o caroço
Nos dez de galope na beira do mar