Quem quiser comer picanha/ Vá direto pro Alvorada

Cordel em parceria com o poeta Ansilgus e a poetisa Ieda Chaves, com o mote de Ansilgus;

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Poema em oitavas de sete sílabas poéticas com esquema de rimas em ABABCDCD

Glosas de Edmilton Torres

Na campanha a presidente

Em dois mil e vinte e dois

Lula enganou muita gente

Nada de novo, “ora pois”

Ele vive de artimanha

Mentira e patacoada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

A picanha prometida

Então, por Luiz Inácio

Por enquanto é consumida

Nos churrascos do palácio

Depois que a eleição foi ganha

Lula não falou mais nada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Picanha é uma carne nobre

Que todo mundo cobiça

Mas, no espeto do pobre

Só se enfia linguiça

Mas, Lula nunca se acanha

Da sua cara lavada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Tem gente que acreditou

Na promessa eleitoral

Porém agora ficou

Com o gosto amargo do sal

A frustração é tamanha

Que nem é mais disfarçada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Já se tornou uma tortura

Discursos do presidente

Quanto mais mente, mais jura

Quanto mais jura, mais mente

Quanto mais o povo apanha

Mais aprecia a lapada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Enquanto Lula passeia

Com Janja no estrangeiro

A proteína escasseia

No prato do brasileiro

Que seus olhos arreganha

Pensando em picanha assada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Lula vai se divertindo

Com a inocência do povo

Que fica aqui aplaudindo

Comendo feijão com ovo

Enquanto ele abocanha

Filé e picanha assada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Foi um tremendo fiasco

Pra aquele que fez o “L”

Pois, picanha no churrasco

Só se um boi ele atropele

Ou se entrar numa barganha

Com toda a companheirada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Por tamanha ignorância

Confesso, não me comovo

Pois para essa militância

Lula vai mentir de novo

Já na próxima campanha

Da forma mais descarada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Eles compram churrasqueira

Dividindo no cartão

Mas, a mosca varejeira

Inspira só o carvão

Lula fez essa façanha

Tem até “alma penada”

Orando pela picanha

No churrasco do Alvorada

Edmilton Torres

Glosas da poetisa Iêda, das terras de Santa Catarina.

Prometeram na eleição

Muita carne para os pobres

Que sustentam a nação

Para gozo dos mais nobres

Mas promessa de campanha

Não garante quase nada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Sendo o Brasil um modelo

Em exploração bovina

Nada melhor que esse apelo

Pra deixar de ser sovina

Não falo de pão com banha

Porém sim de carne assada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Tanto que somos gigantes

Na área de carne bovina

Criador e comerciantes

Temos um em cada esquina

Pois o pobre que se assanha

Acreditou na parada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Os grandes pecuaristas

Investem maciçamente

Obtendo novas conquistas

Enganam os inocentes

De uma forma tacanha

Mentira despudorada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

O povo bem otimista

Foi fácil para enganar

Com promessa socialista

Mas sem ter como pagar

Provocou uma façanha

De forma bem desastrada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Carne só se vende à vista

Pobre não pode comprar

Essa coisa não simplista

Apenas pra faturar

Uma forma de barganha

Muito bem elaborada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Iêda Chaves

Glosas do poeta Ansilgus

Promessa em vinte e dois

Carne e cerveja pros pobres

Tal como dono dos bois

Justo pra quem não tem cobres

Numa mentira tamanha

Assim como de emboscada

Quem quiser comer picanha

Va direto pro Alvorada

Sendo o Brasil muito bom

No ramo agropecuário

Tudo serviu de bom tom

Até para o perdulário

Que duma vez abocanha

A carne, mesmo estragada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Essa bela proteína

Faz muito bem pra saúde

Na área de carne bovina

Também leva pro ataúde

Cachaceiro não se acanha

Acreditou na parada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

A picanha é retirada

Da anca traseira do gado

Uma porção arretada

Bem difícil no mercado

Então se usa da barganha

Pruma farra preparada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Não é produto barato

Como se faz com lasanha

Como que pensa o gaiato

Brejeiro com sua manha (*)

Quanto mais vende, mais ganha

Só perde para a rabada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Dizem que nosso produto

No mundo não tem melhor

Pois isso aqui não discuto

Daqui mesmo do arredor

Bom do caju, a castanha

Com cachaça sempre agrada

Quem quiser comer castanha

Vá direto pro Alvorada

Temos também uma parte

Que sai do lombo do boi

E daqui faço um aparte

Pra você que já se foi

O cupim é bem molinha

Muito aprecia a cambada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

O Nordeste quer buchada

Com a branquinha de lado

Porque enche de lapada

Sem deixar o “figo” inchado (**)

O om de fazer façanha

É que vira uma piada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Já pensou numa costela?

Malpassada no carvão!

Depois dela muita trela

Porque levanta o tesão

É bom até na Alemanha

Quando a turma já chumbada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

O tutu pra comprar carne

Tá sendo gasto em viagem

Que a mente se desarme

Numa grande sacanagem

Bem melhor comer piranha

Que sendo barato, agrada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Um corte muito legal

Que muita gente prefere

É da cauda do animal

Então essa gente adere

Aceita até pela Espanha

Numa perfeita rabada

Quem quiser comer picanha

Vá direto pro Alvorada

Assim termina essa glosa

Não está bom, me desculpe

Sendo alguma alma bondosa

Isso sim, que repercute

Logo, logo na montanha

Guarde essa pobre jornada

Uma vez que quer picanha

Saiba que tem no Alvorada

SilvaGusmão

(*) – Habilidade de resolver, enganar, distrair

(**) – Figo, o mesmo que fígado

Edmilton Torres e Ansilgus e Ieda Chaves
Enviado por Edmilton Torres em 31/08/2023
Reeditado em 31/08/2023
Código do texto: T7874796
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