Carta pro Lula
Lula também fiz o L,
pra Libertar meu país.
Sou contra a corrupção
e até lhe daria um bis.
Porém quero lhe dizer,
tentando lhe convencer:
L pro Lira não fiz.
Eu sou contra essa atitude,
de se curvar pro centrão.
É decisão Temerária
e vai contra a votação,
de quem lhe reelegeu
e três mandatos lhe deu,
pois não traia o cidadão.
Minha amada Vovozinha,
dizia: "Filho cuidado,
errar, uma vez é humano,
duas, só erra lesado".
O Geddel não foi bastante?
O Cunha foi mais adiante,
deu um golpe, bem armado.
Nosso Presidencialismo,
é bastante incoerente
e carece reflexão:
Povo elege Presidente,
mas lhe impõe uma tutela.
A oposição amarela,
governa pela tangente.
Criaram um tal Centrão,
que no nosso país manda.
O presidente é refém
e poucas vezes comanda.
A corrupção impera,
o povo sofrendo espera
mas sempre a coisa desanda.
O Centrão tirou um Coelho,
da sua torpe cartola.
Ele vai mandar na Caixa,
caixa cheia de sacola
e a sacola com dinheiro,
vai direto pro estrangeiro.
Isso de novo? Não rola.
Sou contra privatizar,
mas muito melhor seria,
que oferecer de bandeja,
a Caixa nobre iguaria.
Corruptos vão se fartar,
muito dinheiro roubar.
Sem medo e com garantia.
Desarme logo essa bomba,
senão vai se arrepender.
Depois de ver genocídio,
desgoverno no poder,
ver você se ajoelhar,
confesso me faz chorar,
ver pra eles você ceder.
Lembre nossa Presidenta,
A Dilma foi impichada.
Uma trama bem urdida.
Acusação: Pedalada.
Logo quem com porcos anda,
recebe golpe e demanda.
Vejo nova trama armada.
Se quem avisa amigo é,
um bom amigo estou sendo:
"Voz do povo é voz de Deus".
Será que estou convecendo?
Espero que diga sim,
ou ficará bem ruim.
Nova praga, estou prevendo.
Sei que o Presidencialismo,
impõe as coligações.
Sei que isso é inevitável,
mas requer preocupações.
Pede muita coerência,
para evitar ingerência,
dessa corja de ladrões.
Quando voto num Partido,
elejo a sua Bandeira.
Também suas diretrizes,
depois vê-lo de bobeira,
unir-se com essa gente,
é um ato deprimente,
ou melhor, grande besteira.
Eu não perdi a esperança.
Sim, preciso esperançar.
Esperança é que me move,
mas também quero lutar.
Eu aponto o meu pincel,
a minha arma é meu Cordel.
Quero ver Brasil mudar.