Poesia social

A poesia acolheu,

preto e pobre sofredor.

Esquecido pelo mundo,

uma lágrima de dor,

rolou no rosto marcado,

de um marginal desgraçado.

Vê-lo assim causa furor.

 

Mas por que a sociedade,

produz constante injustiça.

Quando homem, é lobo do homem,

se alimenta de cobiça.

Subjuga, aliena e explora,

enquanto o povo só chora

E espera de Deus justiça.

 

Pra conquistar a mudança,

exijam educação.

A educação que nos negam,

pois preferem circo e pão.

Repetem mesma samsara...

Mais exploração não para.

Lutem por reparação.

 

Então! "E agora José?

Chega de passividade,

já lhe gritou o poeta.

Lutem pela liberdade:

José, João e Maria...

Sua união tem magia,

pra derrotar a maldade 

 

Peço para os ancestrais,

da mãe nação africana,

pra resgatar nossos brios

e devolver nossa gana.

Para Oxum, Ogum Axé,

porque tem cor minha fé,

europização sacana.

 

Ver o povo no poder,

no seu rosto tanta odara.

Se todo sangue é vermelho,

toda cor beleza rara.

Prá quem é de fé, amém

O Axé também nos convém:

Chega de castigo e vara.

Jessé Ojuara
Enviado por Jessé Ojuara em 21/08/2023
Reeditado em 21/08/2023
Código do texto: T7866521
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