Sertão querido
Meu sertão querido, tão seco e sofrido
Donde eu sou nascido, e donde eu vivi
Não nasce nem trigo, nem milho, nem figo
Dá pena amigo, nem bicho vive aqui
Tem minha palhoça, de chão duro em terra
Lá no pé da serra, a mais bela visão
Onde mora Chica, a minha cabocla
Que pinta sua boca, com lindo batom
Meu sertão de luta, vaqueiro disputa
Na dura labuta, e aboia o animal
Não tem pé de fruta, só uma velha gruta
No meio da serra, bela e natural
Meus filhos queridos, foram pra cidade
Deixaram saudade, aqui no recanto
Já não tenho idade, pra uma atividade
Peço em caridade, a Deus e aos anjos