O JANTAR NÃO VEM DA BENEVOLÊNCIA DE NINGUÉM

É difícil a luta pela vida

Uma briga que nunca terá fim

Mesmo que seja dura e ruim

Lutar é sina pra se ter comida

Pois não se vive sem ela e bebida

Para tudo precisa de dinheiro

Se chinês, canadense, brasileiro

Disso vai depender sobrevivência

O jantar não vem da benevolência

De ninguém, muito menos do açougueiro.

A preguiça é a dona da Terra

Para ter vida fácil as pessoas

Pra mentira até fazem suas loas

Enaltecem quem sua vida emperra

Até mesmo aquele que o enterra

Que será no futuro seu coveiro

Depois de trabalhar o tempo inteiro

Ainda não viu, aqui, não há clemência

O jantar não vem da benevolência

De ninguém, muito menos do açougueiro.

HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO

FORTALEZA, AGOSTO/2023