Carametade (Cordel)
No sertão nordestino, onde o sol é mais quente
O vento sopra forte, trazendo alegria na mente
Nas terras de Carametade, um homem de valor
Vou contar sua história em forma de cordel, com fervor.
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Carametade, o valente, com seu jeito arretado
Dominava o território, onde quer que pisasse
Com sua voz de trovão, feito grito, um alvoroço
Era respeitado por todos, ganhando seu pertinente almoço
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Nas festas do São João, Carametade era o rei
Dançava quadrilha, soltava rojão, fazia tudo com zelo
Seus versos em rima, embalados pelo baião
Encantavam as moças, encantavam o sertão.
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Carametade era o mestre, o poeta do CORDEL
Suas histórias encantavam, falavam de amor e do céu
Nos versos que escrevia, retratava a vida sertaneja
Com rimas perfeitas, alma nordestina em cada peleja.
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Seu chapéu de couro, reluzente e enfeitado
Seus versos saíam, como punhal desembainhado
Carametade era símbolo de coragem e bravura
Seus poemas encantavam, inspiravam na cultura.
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Cantava as secas, as lutas, as alegrias e as tristezas
Exaltava as belezas do sertão, suas riquezas
Com sua voz potente, ecoando no terreiro
Carametade entoava versos de um sertão verdadeiro.
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O tempo passou, mas sua história não se apagou
Carametade vive nas rimas, nos versos que ecoam
Sua memória está guardada, no coração dos sertanejos
Seu legado persiste, como um tesouro em ensejos.
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Carametade, o poeta do sertão, eterno e imortal
Seus cordéis encantam, fazem suspirar o carnaval
Que sua voz continue ecoando, pelo sertão afora
Carametade, o mestre, em versos sempre resplendora.
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Assim termina o cordel, Carametade em destaque
Sua vida de poeta e valentia, feito rio em riacho
Seu nome ecoa nas terras, nas noites de lua cheia
Carametade, o trovador, na memória do povo semeia.
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MMXXIII