Carametade (Cordel)

No sertão nordestino, onde o sol é mais quente

O vento sopra forte, trazendo alegria na mente

Nas terras de Carametade, um homem de valor

Vou contar sua história em forma de cordel, com fervor.

:

Carametade, o valente, com seu jeito arretado

Dominava o território, onde quer que pisasse

Com sua voz de trovão, feito grito, um alvoroço

Era respeitado por todos, ganhando seu pertinente almoço

:

Nas festas do São João, Carametade era o rei

Dançava quadrilha, soltava rojão, fazia tudo com zelo

Seus versos em rima, embalados pelo baião

Encantavam as moças, encantavam o sertão.

:

Carametade era o mestre, o poeta do CORDEL

Suas histórias encantavam, falavam de amor e do céu

Nos versos que escrevia, retratava a vida sertaneja

Com rimas perfeitas, alma nordestina em cada peleja.

:

Seu chapéu de couro, reluzente e enfeitado

Seus versos saíam, como punhal desembainhado

Carametade era símbolo de coragem e bravura

Seus poemas encantavam, inspiravam na cultura.

:

Cantava as secas, as lutas, as alegrias e as tristezas

Exaltava as belezas do sertão, suas riquezas

Com sua voz potente, ecoando no terreiro

Carametade entoava versos de um sertão verdadeiro.

:

O tempo passou, mas sua história não se apagou

Carametade vive nas rimas, nos versos que ecoam

Sua memória está guardada, no coração dos sertanejos

Seu legado persiste, como um tesouro em ensejos.

:

Carametade, o poeta do sertão, eterno e imortal

Seus cordéis encantam, fazem suspirar o carnaval

Que sua voz continue ecoando, pelo sertão afora

Carametade, o mestre, em versos sempre resplendora.

:

Assim termina o cordel, Carametade em destaque

Sua vida de poeta e valentia, feito rio em riacho

Seu nome ecoa nas terras, nas noites de lua cheia

Carametade, o trovador, na memória do povo semeia.

.:.

MMXXIII

Wanderlei Motta
Enviado por Wanderlei Motta em 26/07/2023
Reeditado em 01/09/2023
Código do texto: T7846524
Classificação de conteúdo: seguro