Flechas da Tradição

Numa era distante, onde o sol brilhava mais ardente,

Havia um esporte que em meu peito, gerava contente,

Cavaleiros de ébano, campo vasto e valente,

Arco e flecha em mãos, no torneio eram competentes.

O esporte que me faz feliz, de glória e alma cheia,

Lembra tempos idos, tradição, força e peleja,

Nas terras de Troia, o arco de Eros me incendeia,

Com afiadas flechas, a paixão do amor semeia.

Também lembro do coliseu, lutas bravas e insanas,

Onde gladiadores combatiam por suas façanhas,

Ecoam gritos fortes, plateia em alvoroço,

O esporte que me faz feliz, o combate é valioso.

No velho Egito, com sua bola de couro pesada,

Jovens faraós disputavam uma partida arrojada,

Os pés habilidosos, na areia quente traçavam,

O esporte que me faz feliz, com arte se entrelaçavam.

E não podemos esquecer dos tempos de Grécia Antiga,

Onde os Jogos Olímpicos celebravam com intriga,

Deuses e mortais, em competições empolgantes,

O esporte que me faz feliz, unindo povos errantes.

Nas areias de Roma, o circo era a atração,

Corridas de bigas, emoção e emoção,

Os aurigas destemidos, buscavam a consagração,

O esporte que me faz feliz, tem raízes na tradição.

Hoje, nos campos verdes, nos estádios a brilhar,

Com a bola nos pés, o futebol veio se firmar,

Intertextualidade antiga, dos povos que vieram,

O esporte que me faz feliz, em coração se refaz.

Entre lances e dribles, a história é recontada,

Das épocas arcaicas, a modernidade aclamada,

Nas marcas do passado, meu sorriso se renova,

O esporte que me faz feliz, é o laço que me comova.

Assim, em cada gesto, em cada jogada,

Em cada conquista, em cada partida,

Reside a essência que jamais se desfaz,

O esporte que me faz feliz, para sempre perdura e traz.