Saco do Barro

Na lagoa de água rasa

Saudades de tempos idos

Velhas lembranças de casa

No solar dos esquecidos

No raso daquelas paragens

Certeza de lugar seguro

Via-se belas imagens

Onde hoje é monturo

De alegria e felicidade

Restou assoreamento

Pro coração sem idade

Não existe um alento

Não tem o espelho dágua

Onde cantava a seriema

Hoje reflete a magoa

Mataram o ecossistema

A grande lagoa seca

Hoje esta tão esquecida

Pois todo povo peca

Atentando contra a vida

Deixo aqui esse recado

Que no peito faz doer

O que fizeram é pecado

Deixaram a lagoa morrer