A Criação de Agora e a de Antigamente
A CRIAÇÃO DE AGORA E A DE ANTIGAMENTE
Autor: Gil Gominho Diggiera
I
Meu amigo e leitor
Eu peço sua atenção
Pra lhe contar diferenças
Que existem na criação
Dos filhos de antigamente
Com os do nosso presente
Que trazem preocupação
II
O mundo de hoje em dia
Tá muito desenvorvido
Existe carro quadrado
Uns redondo outros cumprido
Tem um tal de celular
Que basta o caba ligar
Pra suntá o distampido
III
Muié queima as panela
As moça já num faz nada
Os rapaz de hoje em dia
Só quer viver na balada
E o pobre do marido
Fala baixo e espremido
Com medo das vassourada
IV
Tem a tal Maria da Penha
E o Conselho Tutelar
Que protege as mulé
O home basta triscá
Os marmanjo bem grandão
Pode aprontá de montão
Só num pode trabaiá
V
Neste meu entendimento
A justiça tá errada
Encobre todo os malfeito
De toda esta molecada
E os pais de hoje então
Num forma mais cidadão
Ficando com as mãos atada
VI
Tem filho que é até bom
Outros dão pra marginal
Roubar, fumar e brigar
Para ele é normal
Ele pode até matar
Só não pode trabalhar
Nem apanhar do casal
VII
Nos tempo de antigamente
Que os pais tinha moral
Os filhos obedecia
Senão caia no pau
Todo mundo respeitava
As orde que os pais lhe dava
Ou então se dava mal
VIII
Eu sou do tempo que o cipó
Se envergava ele fino
Pois quando grosso e taludo
Não tem mais jeito, mimino
O pai pode é querer
De todo jeito fazer
Mais não muda seu destino
IX
As escola ensina a ler
Mas não dá educação
Quem educa é você
Pai e mãe ó meu irmão
Educação vem de berço
Este jeito eu conheço
De se tornar cidadão
X
Hoje em dia o professor
Não pode mais reclamar
Dos malfeitos dos alunos
Que não querem estudar
Se o professor levanta a voz
Ele diz logo que nós
Não tem tem dever de suntá
XI
Alguns dele ainda tem jeito
Os que querem estudar
Pra dar orgulho a seus pais
De um dia se formar
Pode notar minha gente
Foi criado diferente
É educado ao se educar
XII
Não quero dizer que criança
Não tem direito a brincar
Estudar e ter amor
Pra um dia se tornar
Um filho trabalhador
Em vez de um infrator
Dando desgosto em seu lar
XIII
Por isso que os pais devem
Ter muito mais união
Pra o filho seguir o exemplo
Sem levar reclamação
Mas se ele fizer errado
Seja logo reclamado
Com firmeza e correção
XIV
O pai respeitar a mãe
A mãe respeitar o pai
O filho bem educado
Desse jeito a coisa vai
Não haverá situação
Que esse dito cidadão
Um dia se atrapai
XV
As mesmas regras se aplicam
Se a filha for mulher
Oriente e ensine
Não dê tudo que ela quer
Com cuidado e paciência
Na faze da adolescência
Ensine Josefa ou Zé
XVI
Ensine religião
Pros seus filhos ter temor
Ao Deus Onipotente
Que nos fez com seu amor
Salmos, Provérbio, Evangelho
Ensina até mais velho
Os caminhos do Senhor
XVII
Leve seu filho ao lazer
A festa e a diversão
Lhe instrua no proceder
Aprenda a dizer não
E assim que ele crescer
Vai fazer como você
Dê bom exemplo então
XVIII
Na vida até os pais
Nunca param de aprender
Quando o filho pede algo
Lhe dê se merecer
Mas é melhor se esforçar
Para algo conquistar
Fazendo como você
XIX
Nestas mal-traçadas linhas
Eu escrevi o meu verso
Onde trato a relação
Deste assunto controverso
De criar sem rebeldia
Aqueles filhos que um dia
Vão conquistar o universo
XX
Lhe peço desculpas, amigo
Se acaso não gostou
Do meu modo de ensinar
Eu sei que não sou doutor
Ainda hoje eu aprendo
Na minha vida vivendo
Eu nunca fui professor
FIM