Elos da liberdade
No sertão do Nordeste, no sol escaldante,
O povo enfrentava o fardo constante.
Era a busca pela vida e pela dignidade,
E assim nasceram os elos da liberdade.
Eram homens e mulheres, de peito valente,
Lutando contra a opressão inclemente.
Entre mandacarus e rios de água salgada,
Os elos se formavam na luta desbravada.
Na roça, no engenho, no trabalho forçado,
A esperança era o fio, o sonho iluminado.
Nas mãos calejadas, a força da união,
Entre os elos da liberdade, nascia a redenção.
Lá no Quilombo, em meio à mata cerrada,
Zumbi liderava a resistência corajosa e abnegada.
Negros e negras unidos, enfrentando a opressão,
Os elos se fortaleciam na busca pela libertação.
E assim se tecia essa rede de igualdade,
Com lutas e revoltas, em prol da liberdade.
Na senzala e na rua, a voz se erguia,
Os elos da liberdade unidos em harmonia.
Do Palmares ao Rio de Janeiro,
A chama da liberdade brilhava por inteiro.
Dos quilombos aos cafundós, a esperança renascia,
Nos elos da liberdade, a alma se erguia.
No solo sagrado da Bahia, onde o axé ecoa,
Os elos se encontram na dança que entoa.
O canto de resistência e a ginga ancestral,
Emana dos elos a força divinal.
E assim, na história de um povo sofrido,
Os elos da liberdade são tecidos.
Cada grito, cada verso, cada feito,
Fortalece a corrente que nos mantém de pé.
Que os elos da liberdade nunca se desfaçam,
Que a luta seja constante, mesmo quando a dor ameaça.
Pois em cada coração, a chama há de brilhar,
Unidos, os elos jamais se romperão no ar.
E assim, nesta trajetória incansável,
Os elos da liberdade seguem imutáveis.
Que o legado de Zumbi e dos heróis ancestrais,
Nos guie na busca por um mundo mais igual.
E que a justiça, a paz e a liberdade,
Sejam os elos que unem a humanidade.
Pois juntos, entrelaçados, somos mais fortes,
Nos elos da liberdade, escrevemos novos horizontes.