Religião ópio do povo

A religião faliu

Mas, como instituição

Pastor transporta maconha

Tem racista falastrão

Religioso Mala Fala

Por que você não se cala

Saia da televisão

 

Mas vejam só que absurdo

Toda igreja se vendendo

Para eleger um fascista

Todos vão se corrompendo

Recebendo barras de ouro

Do povo eles tiram o couro

Confesso que estou me enchendo

 

Tem pastor pedindo oferta

Baseado em sua idade

Ele já vendeu feijão

Pra curar calamidade

E tudo em nome da fé

Desde os tempos de Jafé

Podridão e falsidade

 

Eu hoje Mas Cedo ouvi

Um pastor bem disfarçado

Tinha cara de profeta

Com barba branca e cajado

Parecia até Moisés

Ou Faraó Ramissés

Se cresse tinha chorado

 

Também tem padres pedófilos

Protegidos pela igreja

A Cúria passando panos

Que deus me livre, ora veja

Igreja mercantilista

Cheia de pastor golpista

Servem Cristo na bandeja

 

E o Beato Padre Cícero

Pelo Sertão endeusado

Protegia o Capitão

O cangaceiro afamado

Em troca de seus favores

Ele praticava horrores

Sem se fazer de rogado

 

Religião é um ópio

Que só alucina e ilude

Pois use a sua razão

E mude a sua atitude

Não seja tão penitente

Seja mais inteligente

Reveja a beatitude

 

Eu jamais imaginei

Que em pleno século vinte um

Viveríamos submissos

Com medo feito um Mutum

Está na hora de acordar

E santos não cultuar:

Cristo, Maomé ou Ogum.

Jessé Ojuara
Enviado por Jessé Ojuara em 30/05/2023
Código do texto: T7801074
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