“MORTE AO LADRÃO”!

“MORTE AO LADRÃO”!

Eu pensei em fazer guerra

Gritando, morte ao ladrão!

Mas estudei nossa História

Eis um cérebro em confusão

A culpa não é de agora

Essa boiada estoura

Desde a nossa formação.

Quando aportou a Bahia

A nau de Pero e Cabral

Começou a falcatrua

De forma descomunal

Sem encontrar prata ou ouro

Portugal por desaforo

Resolveu levar o pau.

Levaram daqui pau Brasil

Fincaram os pés no chão

Sem mão de obra trouxeram

De malfeitor a ladrão

E como donos da terra

Com Tupinambá fez guerra

Destruíram essa nação.

Eu sou resquício do pau

Do açúcar e do ouro

Destruição, construção

Esse é o nosso tesouro

Seguindo por essa esteira

Nasce a nação brasileira

Com o pobre levando “couro”.

Foi surgindo uma elite

Formada por essa gente

Chamados de “homens bons”

Já passado panos quentes

E dessa forma surgiu

A nação do tal Brasil

Recheado de delinquentes.

Essa é a nossa História

Que por vezes nos dar dó,

Mas não podemos fugir

Somos o saldo desse nó

Eu amo essa minha terra

Mesmo com todas as guerras

Seremos um dia melhor.

Bom em todos os sentidos

E sem mais: “morte ao ladrão”!

Porém um Brasil mais rico

Com melhor distribuição

Assim seremos mais forte

E o desejo de morte

Só para a corrupção.

JOEL MARINHO