Desejo e desatino
No jogo perigoso do desejo e desatino,
Caminho entre a razão e a paixão desmedida,
Entre a lucidez e a entrega, me fascino,
Na incerteza do destino, em busca de uma vida.
Desejo que arde em chamas, sem controle,
Um fogo que consome, que me faz delirar,
Desatino que me leva ao limite da alma,
Ousando desafiar as rédeas do meu pensar.
Perco-me nas teias do desejo avassalador,
Envolto em emoções que me levam ao êxtase,
Desatinado, percorro um caminho sem pudor,
Deixando para trás o bom senso e a paz.
Mas, oh, doce perdição, tão tentadora,
Em teus braços, me entrego sem hesitar,
Desejo e desatino se entrelaçam na história,
E nessa dança frenética, não posso mais recuar.
Ainda que o desatino me guie ao abismo,
E que o desejo me arranque suspiros profundos,
Sigo em busca dessa paixão que não tem fim,
Embriagado pelo amor, rendido aos segundos.
Assim, entre desejo e desatino, sigo adiante,
Ciente das consequências, mas sem medo de errar,
Pois é nessa entrega intensa que encontro o amante,
E é nessa loucura que sou capaz de me encontrar.