CASA PRÓPRIA

Quem não sonha e não deseja

Sua casa todo dia

Porque vivendo pagando

Aluguel dá agonia

O salário já minguado

Muito sofrido e suado

Divide com a moradia.

Um dia seu Zé Maria

De Queiroz me prometeu

Mediu uns palmos de terra

De seu terreno e me deu

Fiquei muito animado

Mas me faltava os trocado

Pra realizar o sonho meu.

Me disseram de um programa

Que tinha na prefeitura

Que a Ação Social

Ajudava as criatura

Lhe dando material

Vejam que sensacional

Me acendeu a ternura.

Fui lá na secretaria

O responsável procurei

Quando a vi de um susto

Muito alegre fiquei

Era uma senhora decente

Na minha igreja era crente

Muito mais me alegrei.

Tratei pra ela o assunto

E a minha precisão

Disse que tinha ganhado

Um pedacinho de chão

E pra me realizar

Estava a precisar

Dessa ajuda então.

-Ah, meu irmão, muito bem

Veio pro certo lugar

Não posso arranjar dinheiro

Mas vou providenciar

A assistente social

Junto com seu pessoal

O terreno vai visitar.

Quem dera eu tivesse ouvido

As palavras da estrofe e rima

Mas aquela "boa" irmã

Me olhou de baixo acima

Sem pena deste cristão

Com raiva no coração

Derrubou minha autoestima.

Falou como está com raiva

Disse: "você sonha alto

Não tem projeto pra isso."

Me levantei de um salto

Saí decepcionado

Fui mal recepcionado

Voltei sem sentir o asfalto

Depois de um tempo estava

Em uma reunião

Reunião de igreja

Na casa de um irmão

E no final conversando

Meu sonho compartilhando

Tive outra decepção.

Falava eu que um dia

Uma casa ia ganhar

Não sabia a forma, mas

Deus ia me realizar

Uma irmã disse zombando

Entre os outros me humilhando

Quando morrer Deus dará.

Assim a gente vivia

No meio do pessoal

Mas uma coisa aprendi

Neste mundo desigual

Muita gente fica contente

Com a desgraça da gente

Feliz por ver alguém mal.

Mas a bíblia adverte

Sobre esse tipo de gente

Anda maquinando o mal

Tem espírito de serpente

Passa a noite acordada

Planejando uma emboscada

Pra pegar um inocente.

Um dia, na padaria,

Onde de dia trabalhava,

De dia porque de noite

Na prefeitura vigiava

Noite sim e noite não

Tinha essa obrigação

Muito feliz realizava.

Meu primo Aécio chegou

Aonde eu trabalhava

Desceu da sua bicicleta

A todos cumprimentava

E me disse sorridente

-Tenho um recado decente.

Com isso me animava.

-Vá na Ação Social

Naquela secretaria

Mandaram eu lhe chamar

Pois uma papelaria

Tem pra você assinar

Pra uma casa ganhar.

Quase chorei de alegria.

De fato estava lá

Meu nome bem desenhado

Um X em cada lugar

Estava tudo marcado

E o Carlos Jaime Matias

Assinou com maestria

E voltou realizado.

Os humilhados, Jesus,

Disse serão exaltados.

Os que choram disse ele

Um dia serão consolados

Quem injustiça fizer

Um dia estarão de pé

Para por Deus ser julgado.

No livro de são Mateus

Por lá ficou registrado

O grande sermão do monte

Que por Jesus foi pregado

Ali tem consolação,

Promessa e inspiração

Pra cada filho amado.

Era o ano 2004

Esta história narrada

Do governo Federal

Mandaram pra Amontada

Seu Edilson era o prefeito

Fez o projeto direito

E deu 80 moradas.

No ano 2005

Ele já tinha saído

E Edivaldo Assis o prefeito,

O que já tinha assumido

Terminou a conclusão

E para nossa emoção

Nos deu esse bem querido.

Esta é mais uma etapa

Da minha vida singela

Mais uma benção enorme

Que Deus deu pra eu e ela

Sem nada nós nos casamos

Mas Deus foi nos ajudando

Deixo esta história bela.

Dedico a minha esposa e filhos.

Professor Carlos Jaime. 04/04/2023

Francineide Matias

Eclesiastes Rodrig

Natalia

CARLOS JAIME
Enviado por CARLOS JAIME em 04/04/2023
Código do texto: T7755870
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