Rio da Integração Nacional

No Rio da Integração Nacional

Tudo parece ser diferente

Próximo ao manancial

Habita uma brava gente

Com sotaque Nordestino

Segue a rota do destino

No sertão do São Francisco

Onde peixe e marisco

Anuncia a fonte de renda

O que vem de encomenda

( 1 )

É o estilo de vivência

O meio de sobrevivência

Do camponês desse lugar

Lança a rede pra pescar

Nas águas do Velho Chico

Pega peixe e marisco

Até se fartar

Quando não há sequidão

Muito menos poluição

A pesca é boa no sertão

( 2 )

Do Rio São Francisco

O Rio da Integração Nacional

Que liga o sul ao norte

Fazendo um auto-recorte

Do grande manancial

Do Sudeste ao Nordeste

São mais de três mil quilômetros

Esquentando os termômetros

Do Semiárido Brasileiro

Cortando o Nordeste inteiro

( 3 )

Na grande transposição

Alimentando o sertão

Contra seca severa

A escassez que impera

Do Norte de Minas Gerais

Até os carrascais

Do estado do Maranhão

O São Francisco no sertão

É sinônimo de fartura

Dando força agricultura

( 4 )

Em Petrolina e Juazeiro

Pelo sertão inteiro

Promovendo a cultura

Que é raiz do sertão

O forró, xote, baião

Ritmo que aqui nasceu

Como também sucedeu

Nos causos de Lampião

No Rio São Francisco

Onde a situação de risco

( 5 )

Foi o Cangaço Brasileiro

Pelo Brasil inteiro

O fato foi relatado

Em um verso declamado

De folheto de cordel

Ou num fato fiel

Registrados nos jornais

Tomando os anais

Do território brasileiro

E até no estrangeiro

( 6 )

Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 31/03/2023
Código do texto: T7753543
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