Invernou no Sertão do Nordeste Brasileiro
Invernou no Sertão do Nordeste Brasileiro
De dezembro a março se inicia a estação
Com folhagem verde sobre a vegetação
As chuvas que caem de janeiro em janeiro
Com sertanejo vendo a luz do candeeiro
Ao som da chuva caindo sobre o chão
Penetrando sobre o duro solo do sertão
Preparando – o para a colheita vindoura
Planejando dias de uma vida promissora
Para os habitantes do semi-árido do sertão
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Invernou no Sertão do Nordeste Brasileiro
Choveu pelos rumos do Norte de Minas
Mostrando que as sinas Nordestinas
Estão rumando pelo Sertão Mineiro
Com a chuva que caiu o dia inteiro
Pela cidade de Várzea da Palma
Do homem que tira a tristeza da alma
Na chuva que avança pelo sertão da Bahia
Espantando os meses de melancolia
Do gado comendo sobre os cactos de palma
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Invernou no Sertão do Nordeste Brasileiro
Choveu muito rumando o sertão sergipano
Minha esperança é de fartura todo o ano
Pelo semi-árido do Nordeste Brasileiro
Por causa da chuva que caiu em janeiro
Vai ter roçado de milho, arroz e feijão
Muita mandioca, melancia, uva e melão
Tem trabalho perdurando o ano inteiro
Com safra vingando pro outro janeiro
São as riquezas que possui no sertão
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Invernou no Sertão do Nordeste Brasileiro
Rumando lá pra bandas das Alagoas
Com pescadores preparando ás canoas
Pois tem pescado para o ano inteiro
Pelas as águas do São Francisco pioneiro
Fazendo integração no Nordeste Brasileiro
Alimentando o semi – árido do sertão
Com os vaqueiros em dias de apartação
Tangendo o comboio de gado no letreiro
Preservando o ofício do vaqueiro do sertão
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Invernou no Sertão do Nordeste Brasileiro
Pelos rumos do Sertão de Pernambuco
Que é a terra natal de Joaquim Nabuco
De onde veio o primeiro forasteiro
Há quem diga que Pernambuco foi primeiro
Local do primeiro descobrimento
Talvez não seja cem por cento
As provas dessa informação
Falo daqui do meu sertão
Bastidores de um acontecimento
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Pelas ordens do Santo Firmamento
O inverno rumou pelo sertão
Vem chegando os dias de apartação
Nos rumos do sertão paraibano
Com vaqueiros traçando o plano
No meio de um tabuleiro
Com galhos do marmeleiro
Quebrando no meio do peito
Do vaqueiro que impõe respeito
Com seu cavalo ligeiro
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É o grande herói do sertão
Pelo Rio Grande do Norte
Na Caatinga faz um recorte
Tangendo uma apartação
Encomendada pelo patrão
Vai preparando sua merenda
De tudo que comprou na venda
Bolacha, Mel, Farinha e Rapadura
Café com queijo de meia cura
Se vira com pouca renda
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Onde o café é fervido na pedra
Servido com requeijão
Ou queijo coalho do sertão
Em seguida se desenreda
Chama o gado e se arreda
Pelas bandas do Piauí ou Maranhão
Entre os Carrascais e o Sertão
Rompendo mais ao norte
Lá na mata do Meio - Norte
Descansando a apartação
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Vai ajeitando o seu comboio
Com destino ao Ceará
Com as reses a entregar
Entoando um aboio
O gado fazendo comboio
Até chegar o seu destino
Na sina de um Nordestino
Guiado pelo Pai Eterno
No ano que teve inverno
Pelo Sertão Nordestino
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Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.