Eu solto a linha nessa pipa
Tem coisas que realmente
Deveriam ficar no passado
Encerrar o ciclo é preciso
Quando o fim , já está fadado!
Insistir em recomeços
Que claramente não deram certos
É repetir os mesmos erros
Sem ter qualquer garantia de sucesso
Entendo agora que algumas histórias
Devem de fato ficar no passado
Porque se não deram certo antes
Pra quê insistir no que deu errado?
Há tempestades que causamos
Que permitimos dentro de nós
Alguns eu te amo que são só palavras
Que são ditas em momentos à sós
Mas que não tem peso algum
Quando se percebe a inconstância
Que amar não pode ser isso
Um punhado de intolerância!
Tivesses o melhor de mim
Numa versão sem prévia cópia
Mas teu orgulho é bem maior
E te cega do que importa
Não levo de ti, nenhuma mágoa
Eis que já contava com isso
Teu amor sempre não passou
De uma posse ou um capricho
Quando me veres feliz
E há desse dia chegar
Peça conselhos ao teu egoísmo
Todavia ,não me achará!
Eu lhe digo um último adeus
Solto a linha dessa pipa
Já sofri o suficiente
Para essa e outras vidas!
O teu ego sempre foi maior
Do que o amor que jurou sentir
Apague-me das tuas lembranças
E nem suspire ao lembrares de mim
Eu estarei buscando o equilíbrio
Vindo de uma relação cheia de caos
As tempestades que já vivi
Me impedem dos vendavais
Não espere mais poesias
Tampouco me lembrar em canções
Eu me recuso a ser teu joguinho
Ou um brinquedo em tuas mãos...
Quando a solidão em tua porta bater
Lembre do quanto lutei.
No entanto nunca gostei de gaiolas
E só por isso, eu voei ...
De tanto me sentir insegura
Enquanto segurava tua mão
Fui pra vc calmaria
Fostes pra mim, furacão...
Nessa inconstância toda
Era fato que me perdia
Eu te propunha paz
Você me propunha brigas .
E assim de pouco em pouco
A gente deixou de ser
Talvez fosse inevitável
Era tão visível perceber!
Depois da tempestade
Pude ver com mais clareza
Que amor não são palavras
Ditas apenas por dizer!
Talvez quando saudade,
Enfim bater no seu peito
Lembre que pra caber no seu mundo
Tive que ceder ao teu jeito!
Lembre também que eu tentei
Ao ponto de desistir
Porque não se ama por dois
E é cansativo insistir!
Eu não me adapto em jaulas
Visto que não sou prisioneira
Ainda acredito em confiança
E quando amo eu sou inteira!
No fim estavam todos certos
Devo admitir o fracasso
Quando sentir minha falta
Já estarei em seu passado!
Lugar esse que um dia
Romantizei mais que devia
Não te culpo, nem te julgo
No fundo , eu já sabia!
Cure-se do que te fere
Para não ferir outras pessoas
Mude o curso da tua vida
Para que o destino , reserve-lhe coisas boas...
Adeus, sem despedidas...
Já falei mais que devia
Eu me retiro e me calo...
Com um nó, na garganta ainda...
É lamentável ver chegar o fim
De algo que acreditei tanto
Mas o amor não é para egoistas
É preciso ser muito digno
Para amar, sem causar danos!
Vá em busca de teus sonhos
Viva à tua maneira
Não te arrependas de nada
Sejas livre e me esqueça!
Autora: DAIANE LAUREANO MARTINS