Eliane Minas (Palmasa)
Nos anos de prosperidade
E de progresso da Adene
Que antes era Sudene
Instalou-se aqui na cidade
Trazendo prosperidade
Um grande empreendimento
Que atendia o seguimento
Do ramo da cerâmica
Gerando renda econômica
E muito desenvolvimento
( 1 )
Para a cidade de Várzea da Palma
Município do Semiárido Brasileiro
Que no sertão altaneiro
O povo batia palma
Sinal de alegria na alma
Quando uma pequena cidade
Na sua flor da idade
Se desenvolvendo no sertão
Pena que toda aquela pulsação
Só ficou na saudade
( 2 )
De uma empresa em desenvolvimento
Gerando em emprego a população
Aquele povo carente no sertão
Assistindo o empreendimento
Que ficou no esquecimento
Pois a Palmasa rumou pra Bahia
Foi triste a melancolia
Da população desta cidade
Assistindo total crueldade
Da triste notícia que corria
( 3 )
De muitos operários desempregados
Nas entranhas do sertão
Sem qualquer ganha pão
Como se fosse pobres coitados
Com seus direitos confiscados
Pela empresa que fechou
As suas portas e migrou
Para o estado baiano
Pelo sertão cortou o plano
E nunca mais voltou
( 4 )
Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.