O Bandeirante

De longe veio o bandeirante

Veio desbravar os sertões

Das imensas minerações

Onde o forasteiro errante

Da nascente a jusante

Cortou vale e subiu serra

Vivendo um pé de guerra

Com comunidades locais

Dos sertões aos carrascais

O conflito pela terra

( 1 )

Dava início ao estopim

Da rota das bandeiras

Que em terras brasileiras

Teve início meio e fim

Causando um triste fim

São Paulo, Minas e Rio de Janeiro

Até ao Nordeste Brasileiro

Homens travando guerra

Onde o conflito pela terra

Tomava o Brasil inteiro

( 2 )

Com notícias no estrangeiro

De um tempo passado

Que aqui foi registrado

No ofício de um letreiro

Alagoas foi o primeiro

Estado dessa revolta

É algo que não volta

Muito antes da mineração

Um conflito no sertão

Que eclodiu a revolta

( 3 )

Dos Quilombos dos Palmares

Quilombolas e bandeirantes

Numa guerra constante

Naqueles patamares

Pondo fogo pelos ares

Em União dos Palmares

Com escravos e bandeirantes

Num embate cortante

Cabeças voaram pelos ares

( 4 )

De Domingos Jorge Velho

Á Zumbi dos Palmares

Vidas foram pelos ares

Jovens, moças ou velhos

Em um dos maiores desmantelos

De um conflito radical

Desde o início ao final

Relatando uma vida errante

A figura do bandeirante

Do período colonial

( 5 )

Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 24/03/2023
Código do texto: T7748161
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