Terra planeta água

Água liquido tesouro

Hoje tão ameaçada

No futuro brigaremos

Com foice, tiro e facada

Guerras por ela vai ter

Muita gente vai morrer

Água tão desrespeitada

 

Terra a vista, gritaram!

No tempo do tal Cabral

Queriam só minerais

Só ouro e muito metal

E mão de obra escravizada

Gente triste molestada

Pau Brasil e coisa e tal

 

O feudal mercantilismo

Donde nasceu o poder

Só de gente nobre escrota

Eu prefiro me esquecer

Cem anos de solidão

Dor e muita escravidão

Marcou o seu e o meu ser

 

O meu ser ficou marcado

Em liquidas relações

Só eu e você como água

Tão fluídas comunhões

Quero beber sol nascente

Provar de boa semente

Quais são suas intenções

 

Água tão desrespeitada

Vítima da exploração

Capitalismo sedento

Voraz, faminto e ladrão

Transformou água em dinheiro

Pois o lucro financeiro

Já virou velho jargão

 

Na sede do vil poder

Só uma dúvida atroz

Pois entre o ser e o não ser

Então que resta entre nós

Água, terra sol e mar

O que você desejar

Diante dos arrebois.

Jessé Ojuara e Vivian Lissek
Enviado por Jessé Ojuara em 22/03/2023
Reeditado em 22/03/2023
Código do texto: T7746628
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