décima

Clareando a manhã do meu passado

Vejo a chuva deitando é mata livre

Na lembrança do beijo inda vive

Meu amor sente dor amargurado

Nosso tempo mingou pra cada lado

Derretendo o olhar que se perdeu

Procurando a raiz que não morreu

Segue um peito aguando a saudade

Na prisão dessa dor que vem metade

Esperando crescer no peito seu

Passa a luz da estrada que avisa

Começou o destino em vaivém

A vontade volta o olho é alguém

Sinto o peito magoando na divisa

Cada sol que se voltar me avisa

Consciente revendo o que passou

Vem a bica do inverno e molhou

Há razão da raiz que me predeu

Nem a tarde vadia reviveu

A semente do amor que tu matou

Mote e glosa/ Lina Ramos 💐

Lina Ramos
Enviado por Lina Ramos em 20/03/2023
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