O preconceito

Se tem uma coisa que eu detesto

Que eu não fico calado

Deixando todo cabra revoltado

É esse negocio de preconceito

Pois isso eu não aceito

Nas quebradas do sertão

Muito menos em nossa nação

É gente julgando pela cor da pele

Na identidade que fere

Nossa liberdade de expressão

( 1 )

Pois não está na constituição

Aquilo que fere os princípios

Motivando os resquícios

Causando divisão

Em todo canto da nação

Pois onde já se viu ‘minino’

Preconceito contra Nordestino

E contra negro também

Ainda vou mais além

Fazendo um cordel fino

( 2 )

Pois tratar com indiferença

O cabra que nasceu pobre

Sem um quilo de cobre

Já percebo a ofensa

De quem que sequer pensa

O desmantelo que está causando

A briga que está comprando

Quem ofende o seu próximo

Entra num mal negócio

Que só vai se lascando

( 3 )

Por causa do seu preconceito

Pode ser pela religião

Num estado fraco de ação

Onde tudo é defeito

Coisa que eu não aceito

Debochar da minha cor

Do Nordestino de valor

Representando suas raízes

No meio das cicatrizes

Marcadas pelo calor

( 4 )

De sol forte muito quente

Bem freqüentes no sertão

Vaqueiro na apartação

Não paga de delinqüente

Improvisando repente

Contra o preconceito

No ato mal feito

Contra o Nordestino do sertão

Das palavras de agressão

Lançadas pelo mal sujeito

( 5 )

Fuja de qualquer preconceito

Não seja um sem noção

Seja livre de opinião

Não um cabra com defeito

Falo um bato no peito

Defendendo o meu sertão

Ou alguém dessa nação

Que por causa do preconceito

De gente com ódio no peito

Que só causa confusão

( 6 )

Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 19/03/2023
Código do texto: T7743900
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