Cordel Ambiental
Na terra tudo se consome
No meio da natureza
Nesse mundo de incerteza
Um bicho chamado homem
Como nome e sobrenome
Pensa que é um rei
Numa terra sem lei
Mete em qualquer esquema
Agride o ecossistema
Desafiando altos da lei
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Da nossa legislação
Que pouco tem funcionado
No ofício praticado
No meio da nação
Que me diga no sertão
Esse vive degradado
Seu bioma flagelado
Não tem mais vegetação
Nem vaqueiro na apartação
Morrendo todo gado
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Jurema nem alastrado
Ali não brota mais
Secaram os carrascais
E todo mato fechado
Com sertanejo revoltado
Com a seca no sertão
Parece até coisa do ‘cão’
Ele vive a reclamar
Procurando a quem culpar
Por tamanha judiação
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Mais esse não esquece
Em seu triste semblante
Que é o seu semelhante
O destruidor da espécie
Enquanto este enaltece
Morre todos os animais
As plantas nos carrascais
Foi-se o verde do sertão
Dos biomas da nação
Na ganância que é demais
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