Maledicência

Mais que boca venenosa

Que expele podre peçonha

És pessoa sem vergonha

Que tem missão escabrosa

Lida tão triste e espinhosa

Tu tens a língua afiada

És fofoqueira afamada

Maldade é o que lhe resta

Na boca de quem não presta

Quem é bom não vale nada

 

Toda rua tem a sua

No interior, na cidade

Pra nossa infelicidade

A praga se perpetua

É realidade crua

Devia ser apagada

E da vida esconjurada

Para tirar toda aresta

Na boca de quem não presta

Quem é bom não vale nada

 

É coisa de gente amarga

Que não conheceu o amor

No seu peito sente dor

Carrega pesada carga

O seu ódio é sobrecarga

E tem sua alma alagada

Ela nunca foi amada

É pessoa desonesta

Na boca de quem não presta

Quem é bom não vale nada

 

Eu não sei se tem remédio

Para a tal maledicência

Explicaria a ciência?

Viver promovendo assédio

Isso pra mim é um tédio

Também muito desagrada

Pois tens a vida ceifada

Sinal marcado na testa

Na boca de quem não presta

Quem é bom não vale nada

 

Se da malícia és alvo

Esquece e segue o caminho

Se valorizar o espinho

Jamais estará a salvo

Digo, repito e ressalvo

Não, a vida apequenada

Mas com sua alma lavada

Comemore e faça festa

Na boca de quem não presta

Quem é bom não vale nada

 

Mote: Dominio público

 

Obs: Imagem internet

Jessé Ojuara
Enviado por Jessé Ojuara em 17/03/2023
Código do texto: T7742307
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