Maledicência
Mais que boca venenosa
Que expele podre peçonha
És pessoa sem vergonha
Que tem missão escabrosa
Lida tão triste e espinhosa
Tu tens a língua afiada
És fofoqueira afamada
Maldade é o que lhe resta
Na boca de quem não presta
Quem é bom não vale nada
Toda rua tem a sua
No interior, na cidade
Pra nossa infelicidade
A praga se perpetua
É realidade crua
Devia ser apagada
E da vida esconjurada
Para tirar toda aresta
Na boca de quem não presta
Quem é bom não vale nada
É coisa de gente amarga
Que não conheceu o amor
No seu peito sente dor
Carrega pesada carga
O seu ódio é sobrecarga
E tem sua alma alagada
Ela nunca foi amada
É pessoa desonesta
Na boca de quem não presta
Quem é bom não vale nada
Eu não sei se tem remédio
Para a tal maledicência
Explicaria a ciência?
Viver promovendo assédio
Isso pra mim é um tédio
Também muito desagrada
Pois tens a vida ceifada
Sinal marcado na testa
Na boca de quem não presta
Quem é bom não vale nada
Se da malícia és alvo
Esquece e segue o caminho
Se valorizar o espinho
Jamais estará a salvo
Digo, repito e ressalvo
Não, a vida apequenada
Mas com sua alma lavada
Comemore e faça festa
Na boca de quem não presta
Quem é bom não vale nada
Mote: Dominio público
Obs: Imagem internet