Aroeira

Existe uma árvore no Sertão

Que é uma resistente madeira

Não é nenhuma mangação

Eu falo da aroeira

Típica da caatinga

Na imensidão respinga

Pra metros de carreira

Dela se faz de tudo

Faço versos miúdos

Dessa árvore do Sertão

( 1 )

Que serve de mourão

Quando se prende o gado

No meio do cercado

Ou a madeira final

Quando se prende o gado

Pra dentro do curral

Também serve de banquete

Pro menino danado

Esperando avexado

Por um copo de leite

( 2 )

Quem nunca se deleitou

No curral se afundou

Comendo Requeijão

Com café e leite

São coisas do sertão

Aprecie e deleite

Há quem diga que a aroeira

Cura até dor de coluna

Basta o cabra tomar o chá

Deitar e se encostar

( 3 )

Rapidinho ele se apruma

Do mal que pegou

Não sei quem falou

Mais o povo vive contando

Esse boato semeando

No meio do Sertão

E não acaba aqui não

Diz que já foi comprovado

Sem qualquer refutação

A tal aroeira cega a boca do machado

( 4 )

Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 13/03/2023
Código do texto: T7739615
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