Pega de Boi no Mato

Vou descrevendo o espaço

Fazendo um auto retrato

Do espaço do Sertão

Vaqueiro quando entoa o gado

Veste gibão

Quem não sabe de vida de gado

Não conhece apartação

Do vaqueiro pegando o gado

Nas quebradas do Sertão

Na pega de boi no mato

( 1 )

O esporte do Sertão

Ganhando o meu respeito

Contra qualquer preconceito

Quando o evento é Cristão

Exaltando o Deus Criador

A Jesus Nosso Senhor

Agradecendo por tudo

Nesse verso miúdo

Pela chuva no Sertão

Por Deus ter providenciado

( 2 )

Num Sertão ressecado

Muita fartura de pão

A pega de boi no mato

Vou deixando o recado

Além de ser um esporte

Também é uma profissão

Dos vaqueiros destemidos

Espalhados no Sertão

Que permanecem unidos

Preservando a tradição

( 3 )

Dessa humilde profissão

Profissão de vaqueiro

Um ofício pioneiro

No Nordeste da nação

Preservando uma linhagem

Presto essa homenagem

Ao Vaqueiro do Sertão

Do gibão ao aparato

É ligeiro como um rato

Nas pegas de boi no mato

( 4 )

Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 07/03/2023
Código do texto: T7735023
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