Pega de Boi no Mato
Vou descrevendo o espaço
Fazendo um auto retrato
Do espaço do Sertão
Vaqueiro quando entoa o gado
Veste gibão
Quem não sabe de vida de gado
Não conhece apartação
Do vaqueiro pegando o gado
Nas quebradas do Sertão
Na pega de boi no mato
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O esporte do Sertão
Ganhando o meu respeito
Contra qualquer preconceito
Quando o evento é Cristão
Exaltando o Deus Criador
A Jesus Nosso Senhor
Agradecendo por tudo
Nesse verso miúdo
Pela chuva no Sertão
Por Deus ter providenciado
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Num Sertão ressecado
Muita fartura de pão
A pega de boi no mato
Vou deixando o recado
Além de ser um esporte
Também é uma profissão
Dos vaqueiros destemidos
Espalhados no Sertão
Que permanecem unidos
Preservando a tradição
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Dessa humilde profissão
Profissão de vaqueiro
Um ofício pioneiro
No Nordeste da nação
Preservando uma linhagem
Presto essa homenagem
Ao Vaqueiro do Sertão
Do gibão ao aparato
É ligeiro como um rato
Nas pegas de boi no mato
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Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.