MINHA HISTÓRIA DE VIDA
Hum mil novecentos
E quarenta e nove
Isso até me comove
Foi o ano em que nasci
Pois eu vim ao mundo
Com sentimento profundo
Como tantos outros rebentos
E esse sentimento profundo
De minha mãe eu herdei
Só lhe digo que não sei
Se fiz o bem ou o mal
Cada um tem seu jeito
Eu posso ter defeito
Neste plano sou fecundo
Fui criança, dei trabalho
Como todo menino sadio
Mas sem ter sido vadio
Meu pai me ensinou
E me preparou para a vida
Me fazendo criança querida
Sem rodeio e sem atalho
Aprendi assim a viver
Uma vida sempre decente
Numa idade ainda inocente
Respeitando os mais velhos
Na escola fui aprendendo
E também compreendendo
Como se desenvolver
Cheguei na adolescência
Como jovem fui feliz
Isso porque eu quiz
Sem seguir caminho errado
Tive muitos camaradas
Arranjei também namoradas
Em fase de efervecência
A idade adulta foi chegando
Um trabalho o pai arranjou
Isso ele sempre almejou
Para ajudar nas despesas
Eu já tinha dezoito anos
Então tracei meus planos
E terminei me casando
Fui um homem trabalhador
Cumpri o meu compromisso
Sem nunca ter sido omisso
Me dediquei a família
E junto com meus filhos
Coloquei eles nos trilhos
Por todos fui um lutador
Hoje estão todos crescidos
Cada um já empregado
Por ter sido bem criado
Com toda a educação
Não me arrependo jamais
E lá na frente logo mais
Estarão felizes e agradecidos
Sou agora um velho aposentado
Setenta e três eu já tenho
Com saúde me mantenho
Até quando Deus quiser
Vou escrevendo meus poemas
Que falam de amor e dimemas
Bem como um conto bem contado
Escrevo também meus cordéis
Nos acrósticos me aprofundo
Homenageando todo mundo
Pois adoro fazer elogios
Aos meus leitores recantistas
Prá mim todos são artistas
Considerando vocês muito fiéis