SÓ ISSO...

Quando eu partir desse vida

Pela vontade divina

Não irei entristecida

Sei que cumpri minha sina

Perdoarei cada algoz

Porém sei que minha voz

Ficará na poesia

Se puder, faço um apelo:

Pela memória, mais zelo

Dispenso a hipocrisia

Não mais me chame de louca

Pra manter seu privilégio

Na sua coragem pouca

Diferente do colégio

Não finja que me admira

Reflita porque fui mira

Da sua vã falsidade

Use a sua consciência

Não busco ser referência

Só queria liberdade

Não fale, não vou ouvir

Se chorar, não posso ver

Se vai chorar ou sorrir

Também não quero saber

Engana a mim e aos seus

E pensa que engana Deus

Jura pra si qu'é verdade

Porém, não quero julgar

Mas quero ratificar

Não se compra dignidade

Não, não vivo revoltada

Nem penso que sou a tal

Até posso estar errada

Nunca desejei seu mal

Nem sou dona da verdade

A religiosidade

Não dita religião

Opinião não é moda

Reaja, se lhe incomoda

Mas reflita em cada ação

Não imponha seu querer

Para aqueles que não querem

Não faça ninguém sofrer

Se, acaso, não lhe tolerem

Aceitar o diferente

Tão plausível quão decente

Trará bem-aventurança

Ponha a alma em seu espelho

Na consciência, o conselho

Sensatez, na liderança

Quero fazer o que digo

Pra vigiar o que faço

Seja sossego ou perigo

Deus comanda cada passo

Nada aconteceu em vão

Sequer, minha inspiração

Não será mera retórica

Entendo o "desinteresse"

Como alguém que não sofresse

Essa alienacão histórica.

De: Tânia Castro Marques

Dr. Severiano-RN-26/12/20

Tânia Castro
Enviado por Tânia Castro em 04/03/2023
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